Mês da mulher: reflexões sobre o trabalho
No mês da mulher, a Feserp resolveu sondar lideranças sindicais e trabalhadoras para traçar um mapa da participação da mulher no mundo do trabalho e também os principais desafios das mulheres trabalhadoras, em uma série de posts com lideranças sindicais femininas.
Fizemos as mesmas perguntas a todas as mulheres. Quais os desafios da mulher trabalhadora na atualidade? Como vencer e superar o preconceito contra as mulheres? O que falta para que as mulheres ocupem o seu espaço na política e deixem de ser apenas o preenchimento de cota feminina nas coligações? O que fazer para ampliar e melhorar a política de saúde da mulher?
Confira algumas respostas.
“Os desafios encontrados pela mulher trabalhador ainda continuam sendo a equiparação salarial, a oportunidade justa de cargos melhores e o respeito, sem deixar de citar a luta pela manutenção dos nossos direitos. Por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de São Sebastião do Paraíso, procuramos empoderar nossas mulheres, fazendo-as entender que elas podem fazer valer direitos e deveres, fiscalizando nossos governantes e exigindo políticas públicas que venham a nos proteger e resguardar. Falta entendermos que nós, mulheres, somos a parte que falta pra melhorar nosso país, por meio de nossas força, garra e determinação.”
Lucia Aparecida Gonçalves Azevedo, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso e Região Sudoeste
“Enfrentar o dia-a-dia não é fácil, tanto no trabalho quanto em casa, com adolescente e marido, e ainda escutar muitos falarem que não resolvo as coisas. Exigimos respeito e mostramos que todas nós somos capazes, em qualquer esfera. Acho que tem que se valorizar mais os conhecimentos, a capacidade e a honestidade que a mulher pode fazer, na política, o trabalho diferenciado e mostrar que pode tanto quanto os homens. A saúde da mulher busca o direito em uma perspectiva de cuidado integral e completo com suas histórias, hábitos e contexto familiares, em especial as condições diferenciadas, por exemplo de rua , com deficiência, negras, idosas e muitas outras. Por isso que precisamos mudar essa política, para evitar as desigualdades”
Cláudia Helena Soares, Servidora Pública Municipal, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Cambuquira
“Como mulher trabalhadora, acredito que, entre os desafios da atualidade, estão sermos boas profissionais sem perder a essência, sem deixar de ser uma boa mãe e esposa e cuidar com zelo da família .Para superarmos os preconceitos, devemos ser firmes, fortes e verdadeiras, por muitas vezes, o preconceito está relacionado a calúnias que sofremos pelo simples fato de sermos mulheres independentes. Acho que na política falta mais incentivo, muitas vezes, essa barreira está no seio da própria família e também no ambiente de trabalho. Para melhorar a saúde feminina, é preciso ampliar os serviços já ofertados e dar melhor condição para que os mesmos sejam realizados.˜
Adriana Lima Camargo ,diretora de assuntos sindicais e intersindicais do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni (Sindiseto)